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Mostrando postagens com o rótulo Crisis políticas

Mandetta expõe presidente difícil de moderar e um excesso de cálculo político nas decisões da pandemia

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Cerca de um mês antes de terminar a quarentena laboral que lhe foi imposta após ser demitido do Ministério da Saúde, o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta publica um longo depoimento sobre os bastidores políticos dos 90 dias que liderou o combate à crise do novo coronavírus , incluindo detalhes da fritura pública que sofreu diante das divergências com o presidente Jair Bolsonaro. No livro Um paciente chamado Brasil, o ex-ministro traz uma visão interna do funcionamento do Governo Bolsonaro durante a crise. Revela um presidente difícil de ser moderado e mostra como teorias da conspiração (nessa visão, o vírus fazia parte de um plano da China para derrubar governos de direita da América Latina), cálculos eleitoreiros e conflitos com o Palácio do Planalto influenciaram as decisões políticas que culminaram na omissão federal para conter a epidemia no país ― que já soma mais de 145.000 mortos. Mandetta abre pela primeira vez os números com os quais trabalhava no início da crise: o Ministé

Navalny: “Putin está por trás do crime, não vejo outra explicação”

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O opositor russo Alexei Navalny tem poucas dúvidas de que o presidente russo, Vladimir Putin , está por trás do envenenamento que quase tirou sua vida. “Afirmo que Putin está por trás do crime, não vejo outra explicação”, disse Navalny em sua primeira entrevista depois de acordar do coma, publicada na revista semanal alemã Der Spiegel . O inimigo do Kremlin está em Berlim desde 22 de agosto, data em que foi evacuado da Sibéria em um avião medicalizado depois de apresentar sintomas de envenenamento. Laboratórios independentes da Alemanha, França e Suécia confirmaram que Navalny foi envenenado com uma substância tóxica da família do Novichok, um agente nervoso usado em 2018 para tentar matar o ex-espião russo Sergei Skripal no Reino Unido. Moscou nega qualquer envolvimento no caso Navalny , que disparou as tensões diplomáticas entre a União Europeia e Moscou. Na longa entrevista, Navalny relembra o momento anterior ao seu colapso, quando perdeu a consciência em pleno voo entre a Sibér

Proud Boys, o grupo de ultradireita só de homens que Trump se negou a condenar

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Donald Trump se negou a condenar o supremacismo branco no primeiro debate presidencial dos Estados Unidos . Quando o apresentador da Fox News Chris Wallace lhe perguntou diretamente se estava disposto a fazê-lo, o mandatário respondeu que sim e pediu que lhe dissessem quem devia condenar. Seu rival, Joe Biden , sugeriu os Proud Boys, um grupo de extrema direita. “Proud Boys, retrocedam e esperem”, replicou o republicano. Um pedido que acendeu as redes sociais. O candidato democrata enviou nesta quarta-feira uma mensagem contrária ao grupo, estendendo-a todas as organizações supremacistas brancas. “Parem e desistam”, afirmou Biden numa coletiva em Alliance, Ohio, um Estado-chave nas eleições de 3 de novembro. Em 2016, quando Trump liderava a campanha para chegar à Casa Branca, o ativista de direita canadense-britânico Gavin McInnes fundou os Proud Boys (literalmente, garotos orgulhosos), um grupo que só aceita homens. Seus integrantes ampliaram sua retórica nacionalista, anti-islâmic

Capriles se recusa a participar das eleições de dezembro na Venezuela se não forem adiadas

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Henrique Capriles durante uma solenidade em Caracas. Rafael Briceño Sierralta / GETTY Mais informações O dirigente da oposição venezuelana Henrique Capriles estabeleceu nesta quarta-feira condições para sua participação nas eleições legislativas convocadas pelo presidente Nicolás Maduro para 6 de dezembro: o adiamento do pleito e a presença de observadores internacionais independentes. “Esta eleição tem de ser adiada e exigimos que seja adiada”, afirmou o ex-governador do Estado de Miranda em um pronunciamento transmitido pelas redes sociais. O motivo, além da insegurança gerada pela pandemia do coronavírus , é a falta de condições para um controle independente do processo eleitoral, como constatou nos últimos dias a missão enviada pela União Europeia. “Existe uma possibilidade: mudar a data da eleição. Por que não fazê-lo? Porque existe um cálculo político. Porque não convém a ninguém do partido no poder”, continuou Capriles, que há meses busca uma saída para a grave crise política