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Mostrando postagens com o rótulo Música

50 anos sem Janis Joplin, a crônica de um grito de ajuda que ninguém escutou

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Foi o episódio que a afundou. Após uma época de excessos e vadiagem na Califórnia, Janis Joplin voltou à conservadora Port Arthur (Texas) , a casa de seus pais, uma família de classe média que recebeu a filha de braços abertos, acreditando que poderiam “reconduzir” sua vida. Com o núcleo familiar apoiando-a, Janis havia combatido e vencido seu vício em speed e havia se matriculado em Belas Artes na Universidade do Texas. A fraternidade Alpha Phi Omega havia organizado um concurso para arrecadar fundos para financiar suas atividades. Fariam a eleição do homem mais feio do campus . Um anônimo inscreveu Janis. A universidade foi coberta com fotos suas onde se lia : “Vote no homem mais feio”. Quando Joplin viu aqueles cartazes desmoronou como nunca havia acontecido. Isso lhe lembrou do assédio que sofreu quando estava no colégio. Chorou até não lhe restar lágrimas. E decidiu que aquela cidade tão hostil não era para ela. Tinha 19 anos e foi para São Francisco para iniciar um caminho de

Morre Zuza Homem de Mello, mestre e memória do encanto musical

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Apaixonar-se pela música brasileira é fácil, difícil é mergulhar a fundo como o jornalista e pesquisador musical Zuza Homem de Mello o fez em sua vida. Zuza fez do seu trabalho uma poesia e sua partida não poderia ter sido mais simbólica. Morreu aos 87 anos dormindo, nesta madrugada de domingo, em seu apartamento no bairro de Pinheiros, em São Paulo. “Ele morreu dormindo, de infarto, após termos brindado na noite de ontem todos os projetos bem sucedidos”, escreveu em um post no Instagram sua companheira por 35 anos, Ercília Lobo, que assina o post junto com filhos e netos. Na noite anterior, Zuza celebrava a biografia de João Gilberto que havia terminado , mais uma história narrada pelo pesquisador e musicólogo, autor de livros como Copacabana, a trajetória do samba-canção (1929-1958) , A era dos festivais, uma parábola , e A Canção no Tempo , em co-autoria com o historiador Jairo Severiano, com dois volumes que perpassam a música brasileira de 1951 a 1957, e de 1958 a 1985. Nessas du

O rock morreu? 18 discos recentes provam que não

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O mundo cambaleia. Há um inimigo pouco visível à espreita . As pessoas se refugiam em seus apartamentos. Soa o ferrolho. Quem pisa na rua é só para incendiar contêineres por causa de injustiças raciais . Que ano este tal de 2020... Embora o rock sempre esteja presente em períodos conturbados, a música onde a guitarra elétrica é o instrumento primitivo emerge agora com mais força. Desde que se impôs esta nova ordem mascarada, esplêndidos discos de rock foram lançados – alguns furiosos, outros sofisticados. Para demonstrar que essa história de “ o rock morreu ” é só mais uma fake news , aqui vão estes 18 exemplos, incluindo desde bandas recém-chegadas até veteranos. - Idles, ‘Ultra Mono’ Quem são? Uma banda furiosa de Bristol (Reino Unido) à qual o The New York Times dedicou uma reportagem recente com este título: “Idles lançam uma revolução pós-punk, e todos estão convidados” . ‘ Ultra Mono’ é tão bom assim? Um bate-estaca de guitarras cortantes e vozes iradas. Ou em outras palavras: